Associar uma antiga arte com novas técnicas de pintura e estética sempre dão um bom resultado. O exemplo que destaco aqui são os azulejos presentes em nossa cultura há séculos.
Em Lisboa, Portugal, as estações do metro e lugares públicos, receberam painéis de azulejos com elementos de pintura moderna e Street Art.
Para explicar a origem desta arte vou contar em forma de historinha:
Em um belo dia um rei português resolveu visitar um amigo espanhol. Quando chegou em sua cidade ficou deslumbrado com as peças de decoração que revestiam os ambientes das casas. Era o azulejo que na época chamado de engobe, pela forma que era produzido.
O rei esperto não exitou e logo mando importar para o seu pais milhares de peças, que prontamente foram aplicadas em seu palácio real. Perceberam que além de decorar, as peças ajudavam bastante na higiene dos locais, em pouco tempo, todos os palácios, igrejas e casas já eram revestidas de azulejos.
Os motivos eram os mais variados, pois receberam diversas influencias: árabes, chinesas e os estilos barroco, renascentista e moderno. Retratando através da pintura momentos históricos, para ressaltar o patriotismo, e religiosos.
No Brasil, os azulejos serviam para revestir as fachadas, em sua maioria utilizavam os mesmos motivos importados de Portugal.
Hoje, boa parte dos artistas portugueses já fizeram algum tipo de trabalho relacionado com o azulejo. Devido a importância deste elemento na cultura portuguesa.
Uma artista que eu ressalto é Maria Keil. Pintora, ilustradora e ceramista portuguesa, Maria Keil possui grande expressão na arte portuguesa. Foi de grande importância para a revitalização do metro em Lisboa nas décadas de 50 e 60.
A ela se deve a recuperação, em espaços públicos, do azulejo que muitos consideravam arte menor. A sua criatividade e simpatia granjearam-lhe ser conhecida como "A menina dos azulejos". Em 1989 o Museu do Azulejo dedicou-lhe uma retrospectiva.
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